A poesia se foi. Desapareceu dentro de um abismo de escuridão. A vida virou uma narração desértica, escaldante.
Não há flores, nem água, nem mesmo uma leve brisa pra amenizar a jornada que seria longa e exaustiva. Nada à sua volta, só o eco das suas tristes memórias em tempos floridos. Tempos em que colhiam o que ela tinha de melhor, entretanto não semeavam nada de volta.
Os que interagiam com a Terra, acreditavam que ela era fonte infinita de amor, e eles a amavam por isso.
Foi assim que a Terra foi perdendo as cores, o brilho, a vida.
E os que a amavam por tudo isso, foram embora, pois não tinham mais o que amar e o que colher.
Quando uma Terra é devastada, ela se reconstrói sozinha, dificilmente haverá ajuda externa. Caso tenha, esse é o amor genuíno, e sempre se retroalimentará.